domingo, 15 de janeiro de 2012

Resumo dos capítulos 2, 5 e 7 da obra A família em rede: Ultrapassando a barreira digital entre gerações, de Seymour Papert

Capitulo 2-“A Tecnologia”

            O mundo está passando por transformações tecnológicas que preocupam pais e cibercriticos. Enquanto a tecnologia é defendida por uns, é julgada por outros, que alertam para os perigos que esta pode originar.
Papert está consciente que tanto uns como outros têm razão naquilo que dizem e por isso não consegue aderir a um só conjunto. Na verdade, as novas tecnologias, incluindo o uso do computador é benéfica se for utilizada de forma adequada. É neste contexto que surge a educação e a importância do uso destas ferramentas para a aprendizagem dos alunos. Tais ferramentas irão ajudar nas relações entre professores e alunos e não só.
Apesar de já existir um incentivo por parte das escolas e mais precisamente dos professores para a introdução da tecnologia dentro da sala de aula, o que se tem vindo a verificar é que estão a exigir uma memorização mecânica e não uma procura do conhecimento aproveitando as regalias que o computador oferece.
            É necessário haver mais autonomia e criatividade por parte dos alunos para que essa aprendizagem seja concretizada.
            Ainda relativamente à introdução das novas tecnologias na escola, Papert fala em termos como avestruzes, que são os educadores que acham que o computador pode ser uma mais valia, mas não sabem como o usar e tirar proveito dele e ciberavestruzes , que são aquelas pessoas que estão ligados à politica educativa e que são a favor da introdução do computador na escola, mas de acordo com o sistema escolar tradicional, o que mostra que não há a preocupação em inovar.
            Para finalizar Papert faz uma abordagem às tecnologias transparentes e opacas e sobre a importância de saber explorar o interior de uma máquina. As tecnologias transparentes são as mais antigas, onde é possível desenvolver o pensamento intuitivo das crianças, devido ao facto de, serem mais fáceis de perceber como funcionam. Já as tecnologias opacas, não oferecem tal experiência, já que são compostas por uma infinidade de fios e chips, que mesmo que tentássemos não entenderíamos o porquê da sua existência e para que servem.
            Daí ser importante apostar nas tecnologias transparentes ou pelo menos, em programas informáticos que concebam uma listagem de como foram arquitectados.

Capitulo 5- “A Família”

Neste capitulo Papert fala da importância de os pais verem o computador como forma de coesão familiar, ou seja, de união entre pais e filhos e não de desunião. Os pais devem apostar na construção de projecto em grupo (pais e filhos), em que a ferramenta de base seja o computador. Para que tal suceda é necessário que as famílias tenham bem presente o conceito de cultura familiar da aprendizagem, que segundo Papert é “o modo como a família pensa sobre o que é aprendizagem – as suas crenças, actividades preferidas e tradições que lhe estão associadas.” (Papert, 1997)
Computador e cultura familiar de aprendizagem estão intimamente ligados. A experiência de aprendizagem através do computador permite à família ter um maior conhecimento da sua cultura de aprendizagem, de maneira a evoluir.
O computador pode ser um meio eficaz para o aperfeiçoamento da cultura familiar de aprendizagem, pois permite explorar as várias formas de o utilizar. É necessário encarar o computador como uma ferramenta de aprendizagem.
Papert refere também que, daqui a uns anos, o computador deixará de ser visto apenas como uma máquina e será considerado como algo tão importante como um brinquedo que se dá a uma criança para explorar. Diz ainda que, “os computadores podem ser bem utilizados em qualquer idade e também podem ser mal utilizados em qualquer idade.” (Papert, 1997)
Isto significa que, não há uma idade predefinida para a utilização do computador.
Papert ao longo do capítulo faz referência a vários episódios de aprendizagem, que servem de complemento àquilo que vai afirmando ao longo do mesmo. Para finalizar, o autor refere que “(…) basear o desempenho intelectual em algo pessoalmente significativo é sempre vantajoso, mesmo para os adultos, e que uma das grandes vantagens de se trabalhar com computadores reside nas possibilidades existentes de se fazer exactamente isso.” (Papert, 1997)

Capitulo 7-“A Escola”

            Este capitulo fala sobre a escola, mais precisamente sobre as razões que a levam a não evoluir em termos do sistema educativo no que concerne à utilização das novas tecnologias e se deve ou não fazê-lo.
            Papert alerta para o facto de alguns pais não mostrarem interesse em como o computador é utilizado na escola dos filhos e para que finalidade são introduzidos na educação. O autor diz que é necessário haver controlo por parte dos encarregados de educação naquilo que se passa na escola e que não devem ter medo de dar as suas sugestões, desde que essas contribuam para melhorar a educação dos seus filhos.
            Existem inúmeras formas de auxiliar activamente a escola, sendo algumas delas descritas neste capítulo.
            Seymour Papert diz também que a escola ainda não passou pelas transformações necessárias para que a inovação do ensino ocorra. Para que tais transformações ocorram, ele define uma escala de mudança, que tem inicio na micromudança (pequenas mudanças) e fim na megamudança (grandes mudanças). Isto significa que, através das pequenas mudanças que podemos colocar em prática hoje, chegaremos à grande mudança do amanhã, que é o ideal estabelecido.
            O autor dá grande relevância às três forças, que segundo ele, são promotoras da mudança que são:
·         “Grande indústria;
·         Revolução na aprendizagem;
·         O poder das crianças.”
            A grande indústria, pois é a maior interessada em vender os seus produtos seja quais forem os seus destinos; a revolução na aprendizagem, que abrange aquelas pessoas com muito poder na educação, que começam a perceber os contributos da inserção de novas tecnologias para o desenvolvimento da aprendizagem; e finalmente o poder das crianças, que são os agentes essenciais no processo de mudança, visto serem elas as responsáveis por encontrar os rumos que vão de encontro aos seus objectivos pessoais.
            Para finalizar Papert sugere um programa de cinco pontos de como podem os pais ter influência sobre a escola:
·         “Ponto 1: Compreenda as forças que resistem à mudança;
·         Ponto 2: Descubra aliados, aja de forma estratégica;
·         Ponto 3: Apoie o desenvolvimento profissional dos professores;
·         Ponto 4: Apoie a fluência em vez da literacia;
·         Ponto 5: Apoie ou exerça pressão para o estabelecimento de currículos ou de programas alternativos controlados pelos professores.” (Papert, 1997)
Deste modo é importante a intervenção dos pais no sistema educativo dos filhos, para que a escola desempenhe a sua função o melhor possível, e é claro, dando sempre relevância ao uso das novas tecnologias.

Trabalho elaborado por: Ivone Lira, nº 2042009; Tânia Côrte, nº2053209; Teresa Sousa, 2054809

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