segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

“Inovação Pedagógica: significado e campo (de investigação) ”

Resumo do documento: “Inovação Pedagógica: significado e campo (de investigação) ”
1. Significado
A inovação pedagógica está presente na mudança da acção pedagógica, assumida numa postura crítica face às práticas pedagógicas actualmente vigentes (tradicionais), ou seja, passa pela mudança qualitativa das práticas desenvolvidas pelo professor.
O conceito ou a essência da inovação pedagógica poderá estar, para muitos, associada a uma ruptura de paradigmas, uma mudança. No entanto, a inovação pedagógica pretendida não se baseia apenas nestes factores, a ruptura tem de comportar uma descontinuidade do “velho” paradigma instalado, o paradigma fabril.
Esta intermissão com o paradigma supra referido, pressupõe mudanças centralizadas, ou seja, tem de ocorrer a nível local, no espaço da escola, de modo a mobilizar os agentes educativos, desde os professores aos alunos. Desta forma, a dita inovação pedagógica tem de partir dos indivíduos que movimentam-se neste ambiente educativo, assumindo uma mudança nas “rotinas” habituais e criando contextos de ensino alternativos. O professor tem de assumir uma postura construtivista, facultando e explorando ambientes propícios a uma aprendizagem significativa, onde o aluno não seja um mero receptor ou um agente passivo mas que possa na construção do seu próprio conhecimento. Como refere Fino (2007), “o professor inovador seria (...) actor secundário, enquanto que o aprendiz seria o (...) actor principal”.
Convém ainda referir que, a importação da inovação pedagógica para as práticas do professor/sala de aula, poderá estar sujeita a alguns obstáculos como o próprio currículo ou mesmo, a preservação das práticas tradicionais defendidas pela educação institucionalizada. Por outro lado, a inovação de que temos vindo a falar não resulta da formação dos professores, ainda que, por vezes, uma boa formação é determinante na aplicação de uma boa prática. Deste modo, é um processo que tem de vir “de dentro” (localmente, da escola) o que implica reflectir, criatividade e sentido crítico e autocrítico e autocrítico.
2. Campo
Sendo que estamos na era da globalização, onde o desenvolvimento tecnológico possibilitou uma maior oferta e acessibilidade à informação disponível, a escola deixa de ser a “única” fonte a que recorrer para obtenção de informação. Visto que a informação está alcançável a todos a partir do conforto das nossas casas, a escola já não é vista como o “locus da informação”.
Durante muito tempo, a escola tentou substituir a interacção social, apoiando-se num sistema de “top down” onde o saber/conhecimento era passado do professor para os alunos. Este constituía a base das práticas tradicionais, onde os alunos são desencorajados de uma participação activa, pois as suas intervenções têm de ser, de certa forma, “autorizada”, até mesmo na interacção com os pares. Sendo assim, desde que neste local se instalem algumas mudanças ou rupturas com as “velhas práticas pedagógicas”.
“O campo da inovação pode ser considerado o espaço imenso da interacção social, incluindo os ambientes formais, tal como os informais” (Fino, 2007 p. 3).

Mariana Atanázio n.º 2036909
Noémi Freitas 2009609