domingo, 16 de outubro de 2011

As TIC abrindo caminho a um novo paradigma educacional

Ao longo dos tempos a maneira como olhamos para o que nos rodeia, para o mundo, tem-se modificado. Vários saltos significativos foram precisos para chegarmos a este paradigma educacional.
Começaremos pelo paradigma fabril. Com a revolução industrial notou-se uma enorme concentração de operários nos arredores das cidades, em situações lamentáveis. Muitas famílias passavam fome, trabalhando de sol a sol e com remunerações muito baixas. Neste sentido, houve necessidade de formar crianças a um determinado ritmo de trabalho, onde o tempo fosse regulado por um apito e onde existisse disciplina colectiva. Assim, foram criadas escolas destinadas a transformar para o tipo de adultos que a sociedade necessitava. Estas escolas foram desenhadas com alguns elementos representativos das fábricas, como é o exemplo da campainha, das turmas, das classes sociais, das rotinas, entre outros.
Já na segunda metade do século XX, algo estava a mudar no que se referia ao sistema escolar. Muitos eram os que acreditavam que tudo se solucionaria com a formação de professores e com a avaliação escolar. Por conseguinte, nos anos oitenta tornou-se popular um sistema de avaliação designado por “pedagogia de objectivos”.
Com a introdução dos computadores nas escolas, muitos foram os docentes que tentaram melhorar as suas formas de ensinar, passando a serem apresentados os materiais com uma mais agilidade. Provavelmente ao mesmo tempo, Papert defendia o facto dos alunos ou aprendizes serem capazes de aprenderem para além do que lhes era fornecido nas escolas (linguagem Logo). Com esta ferramenta e com uma sociedade em mudança, Papert propôs, implicitamente, a transformação de um paradigma instrucionista para um paradigma construcionista.
Actualmente, todos sabemos que a escola já não é a única fonte de conhecimento, estando muita desta informação no exterior. A escola já não é uma instituição que nos facilita o peixe, mas que nos prepara para ganharmos estratégias de pescar. Somos também prepararmos para sermos mais autónomos, exploradores de novos conhecimentos educativos.

Telma Vasconcelos n.º 2016708

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