segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Diferentes usos do Computador na Educação

Para que seja implementado o computador na educação é necessária a presença de quatro factores: o computador, o software educativo, o professor e o aluno, bem como é necessário que o professor esteja capacitado para utiliza-lo como meio educacional.
O ensino através da informática teve início em 1924 e foi utilizado primordialmente por Dr.Sidney Pressey que inventou uma máquina para corrigir testes de escolha múltipla.
Durante os anos 60, foram implementados diversos programas de instrução no computador. Foi nesta altura que nasceu a instrução auxiliada por computador ou “computer-aided instruction” (CAI). Nesta altura, o governo americano fez um grande investimento na produção de CAI, no entanto, os computadores eram ainda muito caros para serem adquiridos pelas escolas.
As novas modalidades de uso do computador na educação passam por torna-lo uma ferramenta educacional, de complementação, aperfeiçoamento e de mudança na qualidade de ensino, assim, os estudantes devem aprender a procurar informação e aperfeiçoar conhecimentos utilizando o mesmo. O computador modificou o meio educacional na medida em que passou a ter como objectivo a função de criar condições de aprendizagem, em vez de ensinar. Desta forma, o professor deixa de ser o mentor do conhecimento, passando a criar ambientes de aprendizagem que facilitem o desenvolvimento intelectual do aluno.
Os programas tutoriais são uma versão computacional da instrução programada, tendo como vantagem o facto de apresentar o material com outras características que não as do papel, como o som.
Estes permitem a introdução do computador na escola, o qual não exige muita explicação por parte do professor, uma vez que o aprendiz já sabe qual é o seu papel. Os bons programas tutoriais tendem a utilizar técnicas que permitem analisar padrões de erro, avaliar a capacidade de aprendizagem do aluno e oferecer instrução especial para apoiar as dificuldades apresentadas.
 Estes programas não chegaram ainda às escolas porque a intervenção no processo de aprendizagem não é significativa, além disso, os programas são demasiado grandes e os computadores não tem capacidade para tal.
Grande parte dos programas tutoriais que se encontram no mercado são de má qualidade e desprovidos de técnicas pedagógicas.
            Os programas de exercício e prática são utilizados principalmente como material para a memorização. O estudo de EPIE indica que o mercado americano usa este tipo de software educativo nas escolas. Este tipo de programa para o professor tem como vantagem contribuir para o aprendiz realizar tarefas do seu interesse e conhecimento. No entanto, tem como desvantagem o facto de o professor não conseguir ter uma visão dos erros dos seus alunos.
Em relação aos jogos, a pedagogia aqui reflectida é de exploração, ao contrário da instrução explícita e directa, pois segundo os especialistas nesta pedagogia salientam que uma criança aprende com mais facilidade quando ela própria faz as suas descobertas. Há diversos jogos no mercado que contribuem para que as crianças aprendam de uma forma divertida. No entanto, o grande problema com os jogos é a competição que pode desviar a atenção da criança.
 Simulação oferece a possibilidade ao aluno de desenvolver hipóteses, testar, analisar resultados e refinar os conceitos. O uso do computador tem potenciais educacionais que são muito ambiciosos, do que os programas tutoriais.
 A simulação deve ser vista como um complemento de apresentações formais, leituras e discussões em sala de aula.
No entanto, é necessário estabelecer condições para que o aprendiz saiba efectuar a transição entre a simulação e o mundo real.
  Os programas de processamento de texto são de extrema importância para o aluno e o professor. Talvez estas ferramentas constituam uma das maiores fontes de mudança no ensino e do processo de manipular informação.
As linguagens para representação da solução do problema, podem em princípio ser qualquer linguagem de computação, como o Basic, o Pascal, ou o Logo.
Uma das linguagens de programação desenvolvidas e muito conhecidas é o Logo, que tem sido muito usado com alunos do 1º, 2º e 3º grau e na educação especial, no entanto esta não pode ser utilizada em todas as áreas do conhecimento.
A vantagem deste tipo de software é eliminar certos aspectos tediosos de descrição de fenómenos.
Os alunos que têm vocação para o “aprendizado através do fazer” são os que mais se beneficia deste tipo de modalidade de uso do computador na educação. O computador como controlador de processos 
Nos nossos dias temos a possibilidade de utilizar o computador de diversas formas e para diversos fins. Através de uma interface, ou fiação ligando computadores entre si.
 Este leque de opções possibilita a conexão de muitos alunos pelo Mundo.
Os diversos diapositivos podem fomentar a aprendizagem até para alunos com deficiências, o que torna difícil imaginar que haja alguém que ainda não beneficie dos processos educacionais ou se mantenha incomunicável.
 O uso do computador na educação  está a crescer, bem como a possibilidade de alterar o paradigma educacional, ainda centrado no ensino em vez de estar centrado na aprendizagem.
A linguagem Logo é uma nova forma  de  comunicação que possibilita  explorar novas formas de aprendizagem e processos de ensino.Esta linguagem está fundamentada no construtivismo Piagetiano, pretendendo um ambiente onde a criança possa interagir com os objectos e desenvolva conceitos.O uso do Logo pode resgatar a aprendizagem construtivismo e provocar uma mudança nas escolas. As possibilidades de utilização da linguagem Logo com as crianças.
 Desde as que conhecem letras, palavras, números passando a utilização desta linguagem também na matemática, física, biologia e portguês, até nas crianças com deficiências fisicas, visuais ou mentais.
Este novo paradigma este novo paradigma e forma de tratar a informação e o ensino podem fazer com que o professor seja um elemento substituível e colocá-lo noutras funções, nomeadamente como facilitador da aprendizagem que os alunos retiram dos computadores.
O computador apesar de tudo ainda não consegue, por mais sofisticado que seja , atuar de forma individualizada, nem garantir que a sua metodologia seja a mais eficiente para promover a aprendizagem.
Portanto é necessário levar em conta o estilo de aprendizagem de cada aluno e não generalizar o método de ensino.
O computador é assim entendido como uma ferramenta em vez de uma “maquina de ensinar”. Esta ferramenta é adaptada a diferentes estilos, níveis de capacidade de interesse e a diferentes formas de interação de ensino-aprendizagem podendo levar em alguns casos a uma flexibilidade dos pré-requisítos e do currículo.

Ligia Sousa
Marco Ramos
Raquel Gouveia

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