segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Síntese ao texto: “As TIC abrindo caminho a um novo paradigma educacional”

O paradigma fabril tinha como objectivo dar resposta as necessidades da sociedade, ou seja, a formação de gente para trabalhar nas fábricas, sistema este que durou até meados do século XX. Tal como Toffler afirma, este sistema de reprodução em massa ainda deixou-nos alguma herança, sendo visível em algumas escolas em que os alunos ainda são regulados pelo toque de uma campainha, dentro de um edifício fechado, separados por idades e por classes, com um professor para cada área disciplinar e onde ainda impera a figura do professor como dono do saber. Embora seja importante referir que já existem excepções a regra e que já há várias politicas que vão contra este tipo de ensino instrucionista.
            A partir da década de 50, após guerra, as tecnologias sofreram alterações na visão da humanidade acerca da educação, para melhor estudar os satélites artificiais  soviéticos e a sua eficiência. Começou-se a dar mais importância à matemática e as ciências, levantando-se a questão de não relacionar esta formação com o meio.
            O fenómeno de Sputnik, com implicações nos Estados Unidos, veio corromper com o paradigma fabril, trazendo uma visão mais burocrática, acreditando na importância da formação docente, no sistema de controle e na avaliação escolar, que ainda é visível nos nossos dias. Embora se estivesse a utilizar o velho sistema em massa de especialização em áreas específicas (matemática e ciências).
            No final dos anos 50, as novas tecnologias começaram a ser utilizadas apenas para instruir, tal como Skinner demonstra com o seu condicionalismo operante. E no início dos anos 60 começou-se a utilizar programas informáticos com o intuito de instruir de forma programada (ensino assistido por computador), tendo em vista melhorar a eficácia do ensino.
            Numa primeira fase de introdução dos computadores nas escolas, o computador apenas dava auxílio ao professor e era apresentado aos alunos de uma forma distante e descritiva de como o computador era feito a nível de hardware e software. Numa fase posterior devido à criação da linguagem logo por Papert para mudar o currículo tradicional, mudando o paradigma educacional, o computador começa a ser entregue as crianças, para que elas o pudesses explorar tornando-as autónomas e ajudando-as nos processos metacognitivos. Despertando-lhes a curiosidade para elas produzirem algo de novo, ou seja, as crianças passam a ser activas no processo de aprendizagem em vez de meros espectadores.
            Em suma, o progresso da ciência e tecnologia trouxe-nos um maior acesso à informação que antes era restringida às instituições. A escola passou de um currículo técnico, teórico e político a um currículo mais sistemático, numa relação com a política, economia e filosofia, não deixando de parte a comunidade envolvente.
           
           
Referências Bibliográficas: Sousa, J. & Fino, C. (2001) . As Tic abrindo caminho a um novo paradigma educacional, in Revista Educação & Cultura Contemporânea, 5(10), 11-26 1º Semestre 2008. Rio de Janeiro: Universidade Estácio Sá.

Publicado por: Ana Olim e Sandra Correia.

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