segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O lugar das tecnologias na formação inicial de professores: o caso da Universidade da Madeira
Carlos Nogueira Fino

            Inicialmente a tecnologia representava para escola mais um veículo de transferência de conhecimentos, esta suposta inovação tinha de se enquadrar no currículo existente e não o contrário. Assim a grande preocupação era insistir no acto de transferir conhecimento e não o de proporcionar aos alunos um método de estudo e de pesquisa direccionado para aprendizagem, mas que permitia ao aluno uma pesquisa autónoma e responsável.
            Os professores olhavam a progressão com receio e preocupação levantando vários entraves à sua introdução nas escolas, muitas vezes por falta de informação e segurança na actividade lectiva, afirmando por em causa o papel do professor na sala de aula.
            O aparecimento de vários programas educacionais visando a introdução dos computadores nas escolas fez com que se reflectisse sobre esta ferramenta como fonte auxiliar de pesquisa, abrindo assim debate ao papel limitador do professor e do currículo como únicos responsáveis pela transmissão de saber.
            É importante verificarmos que a inovação tecnológica não depende por si só da introdução de computadores nas escolas mas sim, a sua aplicação por parte dos professores, estes sim tem um papel fundamental na aceitação e implementação do conceito de inovação tecnológica nas suas salas de aula. De referir que de pouco serve às entidades governamentais cederem às escolas e às crianças computadores se depois os docentes não os utilizam na sua prática lectiva diária. Se limitarmos a utilização dos meios tecnológicos, simplesmente, para as crianças brincarem ou só utilizarem em casa não estamos a fomentar o real papel das tecnologias na vida das crianças.
            Na nossa opinião e como já verificamos está no docente o papel fulcral na implementação e aplicação das tecnologias como uma ferramenta ao ensino. O conceito escola e o seu currículo deve enquadrar-se às tecnologias, defendemos uma aposta real na formação e sensibilização dos professores para a utilidade e enriquecimento do ensino e aqui está outra palavra-chave do problema que reside em os professores perceberem que as tecnologias enriquecem o ensino e que é algo que lhes permite inovar e evoluir na sua prática educativa.
            A tecnologia faz parte do futuro, mas não substituirá os professores tornar-se-á no seu melhor amigo é esta a mensagem que deve chegar aos docentes.

As TIC abrindo caminho a um novo paradigma Educacional
Jesus Maria Sousa & Carlos Nogueira Fino
A incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação no contexto educativo, foi um processo longo e criticado por muitos.
Segundo Sousa e Fino, enquanto se iam dando os primeiros passos na exploração dos computadores como máquinas de ensinar, havia sempre pessoas cépticas, duvidando se esta incorporação seria a melhor via da integração das tecnologias na educação. No entanto destacava-se uma figura incontornável, que iria marcar profundamente toda a reflexão em torno dessa questão. Essa personalidade é Seymour Papert, e o seu nome está ligado à criação da linguagem Logo, por ter liderado o grupo que a desenvolveu, no Massachussets Institute of Technology (MIT), na segunda metade dos anos sessenta.
Devido às suas características, o Logo tornou-se fundamental na educação, visto que, não se trata apenas de um instrumento informático, ou uma simples linguagem de programação, mas sim, um projecto pedagógico de utilização de computadores na educação.
As TIC estão em constante evolução e encontram-se tão patentes no nosso quotidiano, que se torna quase impensável viver sem elas, deste modo, torna-se fundamental que as crianças tenham acesso às mesmas, desde a mais tenra idade. Não se pode descurar que os alunos devem ter um papel activo nas Tecnologias de informação e comunicação e não o papel passivo que muitas vezes lhes é atribuído.
“A utilização das TIC enquadra-se na visão actual da escola. Elas potenciam a organização e planificação das actividades, podendo também rentabilizar as aprendizagens. Para que tal aconteça é necessário que os professores como membros de uma sociedade cada vez mais competitiva e em constante mutação se adaptem” (Silva, 2004).
 “Educar para a sociedade global, desenvolvida tecnologicamente possibilita a criação de novas formas de construção de conhecimentos nos ambientes escolares, promovendo assim melhorias significativas no padrão de qualidade da educação e modernização da gestão escolar” (Medeiros, s.d.).
A nossa sociedade, felizmente, tem cada vez mais em consideração a qualidade do ensino e da aprendizagem. A inclusão das novas tecnologias introduz na educação um panorama inovador e transformador do ensino, possibilita e renova a prática do professor através dos recursos tecnológicos e alarga as fontes de conhecimento e exploração dos alunos. 

Referências
Cardoso, A. (s.d) Educação e Inovação;
Medeiros, M. (2010).  A Incorporação dos Recursos das TIC: a tecnologia como Mediador do Processo Ensino-Aprendizagem;
Damiani, M. (2008). Entendendo o trabalho colaborativo em educação e revelando seus benefícios.

Rui Rodrigues nº 2024009
Sofia Pereira   nº 2067211

Sem comentários:

Enviar um comentário